quinta-feira, 26 de julho de 2012

INVERNÁLIA em uma experiência de partilha e troca



Após assistir o filme “Terra deu, terra come”, do diretor Rodrigo Siqueira [88’’, 2010], a equipe Invernália decidiu ir visitar seu Pedro de Alexina na zona rural de São João da Chapada.

Embarcamos na kombi do festival às 10h30 da terça-feira, paramos para fazer algumas compras, para não chegar de mãos abanando, e ingressamos na rodovia afora. Antes de chegar ao nosso destino final, passamos por comunidades como Guinda, Sopa e Morrinhos.

  

Já em São João da Chapada, tivemos a sorte de sermos interceptados por Teresinha, assistente do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de São João da Chapada, a qual nos acompanhou até a casa de Seu Pedro e D. Lúcia e serviu de mediadora da nossa visita.

Depois de um bom pedaço de terra rodado, chegamos finalmente à terra de Seu Pedro (até onde o carro podia seguir!) e caminhamos numa pequena trilha até a casa. Infelizmente Seu Pedro não estava, porém, fomos muito bem acolhidos por sua mulher Dona Lúcia (que também aparece no filme) e sua filha Alice.



A casinha é simples, feita de pau-a-pique, com fogão de lenha, chão batido e poucos cômodos. A pouca eletricidade é gerada por um adaptador de energia solar que suporta alimentar apenas as lâmpadas que iluminam o ambiente.  Ao redor se encontram três casinhas, sendo uma para retirar o caldo da mandioca, outra para torrar e, por último, a que serve como dispensa para guardar lenha, milho, sementes, ferramentas e, inclusive, o boi (uma cabeça feita de madeira presa à um cabo).

Lá almoçamos uma comida especial preparada no fogão de lenha por Dona Lúcia, Alice e Teresinha. A comida estava deliciosa, principalmente com o acompanhamento da cachacinha do Valter (preferida de Seu Pedro). Depois do almoço, Dona Lúcia nos mostrou um pouco dos espaços ao redor da casa, onde se processa a farinha de mandioca e onde ela quebra os coquinhos do indaiá para fazer sua cocada.



O resto do tempo que estivemos lá foi de muita prosa e causos. Lá pelas quatro da tarde, nos despedimos e seguimos para o Quartel do Indaiá para conhecer outro personagem do filme, o Seu Pedro Peçanha, comerciante da região bom de prosa e do riso frouxo. Conversamos com ele, tiramos fotos e seguimos para a casa de uma das filhas de Seu Pedro de Alexina, Maria Helena, onde tomamos café e conversamos sobre a vida na zona rural.



O retorno da equipe a Diamantina foi regado a muita risada e sacolejo, todos felizes com a experiência preciosa que vivenciaram. Já anoitecia quando chegamos ao QG da Invernália, onde revemos o material coletado dessa incrível viagem. Confira um pouco dessa jornada no vídeo abaixo.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Interação na Kombi


Hoje a produção da Invernália dividiu o Tarifa Zero (transporte do festival) com 6 garotos que participavam das atividades da Casa da Palavra. Veja o resultado desse encontro.



Comunicação Popular e Intervenções Urbanas c/ Paulo Nazareth



A Invernália foi saber um pouco sobre o que os outros Grupos de Trabalho estão fazendo na Casa da Palavra. Paulo Nazareth, que é artista plástico e "fazedor de coisas", como ele próprio se denomina, é o proponente do GT de Comunicação popular e Intervenções Urbanas, que tem como objetivo abordar as diversas formas de comunicação presentes no cotidiano da comunidade da Palha, em Diamantina.
Com propostas de imersão na cultura local, Paulo leva os participantes de seu grupo à uma exploração das manifestações visuais e culturais e principalmente à uma reflexão sobre as diversas maneiras de observar a comunicação. 



“A comunicação está em tudo quanto é lugar, não precisa necessariamente de palavras... uma oficina de mecânica por exemplo, que não tem uma placa dizendo "oficina mecânica", mas você tem ali um carro do lado de fora em processo de conserto, motores...isso já diz e comunica, que ali é um espaço de uma oficina mecânica”, contou o artista.

Para colocar isso em prática, foram utilizados equipamentos inusitados como um mimeógrafo e uma fotocopiadora para a produção de uma série de imagens que foram espalhadas pela E.E Professora Gabriela Neves, onde estão instalados os grupos de trabalho da Casa da Palavra.  A seguir, alguns trabalhos realizados pelos participantes do GT.







terça-feira, 24 de julho de 2012

O Muxarabiê




Você sabe o que é um muxarabi ou muxarabiê?

Caminhando pela rua da Quitanda, a sacada de uma das casas chama a atenção. É a Casa Do Muxarabiê onde funciona a Biblioteca Antônio Torres. Não se sabe muito sobre a construção, acredita-se que ela foi construída em meados do século XVIII servindo de residência particular, até 1942 quando Virgínia Neto Aguiar a doou para o governo.

Muxarabi ou muxarabiê significa “de onde se vê sem ser visto”. É uma estrutura de madeira cheia de buracos que impede que quem esteja do lado de fora veja quem está do lado de dentro.